Carta Aberta de Leonel Gomes Cá, cabeça de lista à Assembleia Municipal

Sou da geração que nasceu no antigo Hospital de Cascais, que passava os sábados no Parque Marechal Carmona, que viveu as noites quentes de verão no Deck e na Marina, que não perde o açaí na Casa da Guia (sem leite condensado) e que estaciona o carro no Alcatruz só para ver o pôr do sol. Sou também do voluntariado: limpei praias, plantei e cortei árvores na serra, prestei assistência em instituições de solidariedade social.

Conheço Cascais como poucos. Os escuteiros obrigavam-me a caminhadas que, na altura, só serviam para eu refinar a arte de reclamar - convenhamos, um treino precoce para a advocacia. Era um tempo sem Ubers nem trotinetes: andávamos a pé, e de comboio, por todo o concelho (sem prejuízo de o João, com alguma luta ter-me feito ver que as gerações seguintes em Cascais podem ter outros meios de transporte). Era assim que crescíamos e descobríamos o nosso território.

Chamo-me Leonel Gomes Cá, nascido em Cascais e criado em São João do Estoril. Hoje sou pai, advogado, coordeno projetos de responsabilidade social e sou cabeça de lista à Assembleia Municipal de Cascais pela Candidatura Independente Jonet - Cascais para Viver.

A Assembleia Municipal não é um órgão executivo, essa responsabilidade caberá, espera-se, ao João Maria Jonet e à equipa que apresentamos para a Câmara Municipal, sendo certo que fazemos todos parte de uma única candidatura.

A Assembleia é a casa da democracia local: o espaço onde se debate, onde se tomam grandes decisões (o orçamento, os regulamentos e opções estratégicas do e para o município, por exemplo) e sobretudo, onde se fiscaliza a atuação do executivo.

Levo do meu percurso valores inegociáveis: rigor, responsabilidade, independência e olhar crítico, não descanso (nem deixo descansar), enquanto não compreender a fundo o que tenho à frente. Como pai, estou, agora, a aprender a importância de desfrutar do presente sem descurar o futuro, ainda que em blocos de três em três horas. É esse equilíbrio entre o “agora” e o “amanhã” que quero levar para a Assembleia Municipal.

Sou descontraído quando é preciso, às vezes em demasia, mas no trabalho sou muito exigente. Valorizo a frontalidade, mas sempre acompanhada de espírito construtivo. Os que trabalham comigo conhecem este equilíbrio: leveza no trato, exigência no trabalho e respeito em todas as circunstâncias.

Não prometo discursos bonitos nem medidas sensacionalistas ainda que saiba que, nos dias de hoje e com as redes sociais, isso possa ser um trunfo. As palavras têm peso (e percebo que no jogo político é necessário algum charme), mas são as ações que contam, e essas valem sempre mais. O meu compromisso é claro: agir, no que estiver ao meu alcance, e de toda a lista, que as coisas funcionem, e funcionem bem. E espero que Cascais assim o exija, porque não merece menos.

E por último, mas nunca menos importante, a lista da Assembleia Municipal não é feita de um homem só.

Ao longo desta campanha, e, mesmo antes do convite do João para integrar este projeto, muitos de nós ouviram as pessoas, recolheram informações e identificaram problemas e propostas de soluções. Não partimos do zero: partimos da comunidade. Obrigado a todos os que se envolveram neste trabalho e que nos dão a bagagem necessária para levar a voz dos cidadãos à Assembleia Municipal e transformá-la em soluções concretas.

A nossa lista junta pessoas diversas, com um objetivo comum: trabalhar por Cascais e criar soluções que façam a diferença no dia a dia de quem cá vive, estuda e trabalha.

Um abraço muito amigo,

Leonel Gomes Cá

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Carta aberta de Nuno Quartin, cabeça de lista da União das Freguesias de Cascais e EStoril