A FALÊNCIA do planeamento

Gostava de ter como parte central da minha campanha o planeamento urbano e o ordenamento do território. Sei que não é sedutor, do ponto de vista eleitoral. Mas é, provavelmente, o que as nossas cidades mais precisam. E, nem de propósito, há duas
semanas assistimos a mais uma decisão incompreensível que põe em causa o futuro de uma área muito sensível de Cascais.

A Câmara Municipal de Cascais decidiu, com a ligeireza do costume, oferecer 200.000 m² de terrenos públicos à Universidade Nova de Lisboa e ainda somar um apoio financeiro substancial.

Tudo isto para um polo universitário construído à volta do aeródromo de Tires, uma espécie de hub académico com vista para jatos privados.

Para quem acompanha o município, o enredo não surpreende. O que surpreende é a falta de memória. É que foi esta mesma Câmara, com sucessivas maiorias absolutas da AD desde 2001, que em 2019 aprovou os Termos de Referência para uma ampla operação urbanística naquela zona. Prometeram estudos de impacto ambiental, um plano de urbanização sério, habitação e uma escola. Até agora, nada.

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